sábado, 19 de fevereiro de 2011

Cristo e o Espírito Santo são a mesma pessoa?

Era só o que faltava. Nunes disse que o Espírito Santo e Jesus “são a mesma pessoa” e, o pior: “com base” nos escritos de Ellen White.
Não sei o que se passa na cabeça de uma pessoa para afirmar uma coisa dessas. Só Deus pode explicar. “Interessante” é que noutro comentário ele afirmou que “o Pai e o Filho partilham do mesmo espírito”, ou seja: “têm” um espírito (como se Deus fosse humano...)
Afinal: o Espírito Santo é um "espírito impessoal de Deus e de Cristo" ou é "o próprio Cristo"? Nunes tem que decidir com qual das teorias ficará. (Recomendo que não fique com nenhuma delas)
Os dissidentes não são contraditórios por maldade. Vejo em muitos deles pessoas sinceras, em busca de respostas para seus conflitos internos. O diabo, como é covarde, cega a pessoa de tal modo que ela não vê que possui duas teorias totalmente distintas sobre a Terceira Pessoa da Trindade e que isso a levará à perdição eterna caso não mude.
Porém, nesse blog tais pessoas terão ajuda, se quiserem. Creio que Deus pode libertá-las das trevas.
Alguns textos bíblicos serão suficientes para levar Nunes a refletir e a abandonar de vez (se quiser) tal ensino horroroso. Se Jesus e o Espírito são a mesma pessoa:
1) Foi o próprio Cristo quem guiou a si mesmo no deserto da tentação? – Mt 4:1
2) Foi o próprio Cristo que desceu sobre Seu próprio ombro por ocasião do batismo? – Mt 3:13-17 (Barbaridade, a que ponto temos que chegar...)
3) O Pai enviou a Cristo em nome do próprio Cristo? – Jo 14:26
Com base nesses textos e em João 10:30 podemos entender a citação de Ellen White no Manuscript Releases, p.p. 23, 24. Leiamos o texto primeiramente: “Eu e o Pai somos um.”
O fato de Jesus dizer que Ele e o Pai são um significa que o Pai e o Filho “são a mesma pessoa”? Não! Cristo apenas usou uma força de expressão para destacar a unidade que existe entre Ele e o Pai.

Do mesmo modo, quando Ellen White escreveu no Manuscript Releases que “O Espírito Santo é Ele mesmo [Jesus]” ela também está usando uma força de expressão para destacar a unidade que há entre Cristo e o Espírito Santo.

Prova disso encontramos na própria autora que afirma ser o Espírito Santo um ser distinto de Cristo:


Veja agora esse texto bíblico que dá um golpe mortal na teoria dos dissidentes:

“ Ouvindo eles isto, enfureciam-se no seu coração e rilhavam os dentes contra ele.  Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava à sua direita, e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus.” (At 7:54-56)

Aqui o Espírito Santo é claramente distinto do próprio Cristo. O Espírito está com Estêvão enquanto que Jesus está ao lado de Deus Pai!

Se Cristo fosse o mesmo Espírito, veja como ficaria a fórmula batismal de Mateus 28:19 (que comprovadamente está no original grego):

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e em nome do Filho de novo”

Pode uma pessoa que estuda a Bíblia e teme a Deus continuar acreditando na heresia de que Cristo e o Espírito não são pessoas distintas?

“O tempo decorrido não operou nenhuma mudança na promessa dada por Cristo ao partir, promessa esta de enviar o Espírito Santo como Seu representante(Atos dos Apóstolos, p. 50). Ellen White diz que o Espírito é o representante de Cristo e não “o próprio Jesus”! Afinal, como alguém poderia “ser representante de si mesmo”?

Resposta a um dissidente - parte 2

[Continuação]

O SALMO 2:7
E sua interpretação do Salmo 2:7? Esse é o conhecido "Salmo da Entronização". A afirmação desse Salmo era feita ao rei quando ele subia ao trono. Ele assumia um relacionamento especial com Deus por ser o Seu representante. 
Nem de perto quer sugerir que Cristo foi "gerado" no sentido de ser criado! O verbo para gerar (no grego, o correspondente é "genao", e aparece em Hebreus 1:5, entre outros textos) significa "ser estabelecido", "ser ungido rei". Portanto, o ensino é de que Cristo quando foi ao Céu foi entronizado novamente.
Só poderia ser entronizado se um dia tivesse ocupado o trono, se fosse Deus plenamente. Leia Filipenses 2:7, onde é dito que Cristo havia se esvaziado da divindade. Voluntariamente, deixou o Seu trono e veio a este mundo. Por isso, ao voltar para o Céu, sentou-se à destra de Deus (Hebreus 1:3) e um dia todos dobrarão os joelhos perante Ele – Filipenses 2:10 e 11. Se Cristo fosse uma criatura, TODO O UNIVERSO estaria sendo idólatra ao se ajoelhar diante do Salvador.
Você também usou apenas uma citação do Patriarcas e Profetas (e História da Redenção) para dizer que Cristo era “o único que poderia” entrar no conselho de Deus. Cuidado para não encontrar no texto aquilo que ele não disse.
Ellen White está contrastando Cristo e Lúcifer. Cristo – em relação a Lúcifer e aos demais anjos – era o único que poderia entrar no conselho do Pai. Ela não menciona o Espírito Santo nesse contexto por que é irrelevante. Afinal, a inveja de Lúcifer era contra Cristo e não contra o Espírito Santo.
Leia 1 Coríntios 2:10, 11 e veja que o Espírito Santo também perscruta a mente de Deus. Não venha me dizer que o Espírito é o mesmo Cristo por que isso é uma heresia sem tamanho. Essa qualidade do Espírito revela a Sua Onisciência – qualidade totalmente Divina!
Use a Bíblia e Ellen White como um todo, pois, do contrário, você acabará criando mais heresias ainda.  
A CITAÇÃO DE ATOS DOS APÓSTOLOS
Sua interpretação de Atos dos Apóstolos p. 52 também carece de fundamento. Veja:
“Verdadeiramente, tu és Deus misterioso, ó Deus de Israel, ó Salvador.” (Is 45:15).

Quem é misterioso, Nunes? Deus ou uma “forma de energia”? Deus, é claro. Portanto, quando Ellen White diz que o Espírito Santo é um “mistério”, ela está é afirmando a Divindade dEle. Agora lhe pergunto outra coisa: o fato de Deus ser um mistério isso significa que você e eu não podemos saber NADA sobre Ele?

Claro que não. Há coisas sobre a Divindade reveladas na Bíblia e devemos aceitá-las, se adéquem ou não a nossa lógica.

Ellen White está dizendo que você e eu não podemos saber a forma do Espírito Santo – como Ele é, pois, Ele não aparece na Bíblia de forma personificada (a não ser em forma de pomba – Mt 3:13-17). Porém, ela não está insinuando que não possamos saber algo sobre Ele, pois, ela mesma afirma que Ele é a terceira Pessoa da Divindade (Evangelismo, p. 617).

Ora: Se ela diz que é terceira PESSOA, é óbvio que o Espírito – mesmo sendo um mistério – é um SER PESSOAL. Do contrário, ela não poderia dizer que o Espírito é terceira Pessoa.

Resposta a um dissidente - parte 1

Um dissidente escreveu neste blog algumas de suas heresias antitrinitarianas. Nada tenho contra a pessoa dele, pois, um dos objetivos desse blog é ajudar pessoas como ele a sairem do erro e a encontrar ao Divino Jesus por meio do Divino Espírito Santo.

Porém, sou totalmente contra qualquer heresia demoníaca que queira rebaixar a Divindade. Por isso, elaborei uma resposta a ele em três partes com o objetivo de ajudá-lo a ver em que perigo se encontra e também com o propósito de vacinar a você, leitor, contra os falsos ensinamentos que nascem no laboratório de satanás para infectar os filhos de Deus.

Olá, Nunes:
Sua interpretação dos escritos de Ellen White e da Bíblia não pode ser apoiada por um exame imparcial de tais escritos.
Postei um artigo no blog onde mostro que Ellen White relaciona a Cristo com JAVÈ do Antigo Testamento. Mas, ao invés de você permitir que Deus fale ao seu coração o que a Palavra diz, você procura textos de EGW (e bíblicos) para justificar a sua heresia.
O que você faz com o texto de “O Desejado de Todas as Nações”, p. 530, onde ela afirma que em Cristo “não emprestada” e nem “derivada”? [ou seja: não derivou do Pai]. O que você fez com aquele texto da página 469 e 470 onde é dito que Cristo era O Deus Eterno de Êxodo 3:14? Tenho que ser franco: você procede como uma Testemunha de Jeová que, quando não consegue explicar um texto, “parte para outro”, sem ver que tal atitude coloca contradições na Palavra de Deus.
Quero que comente tais textos e que não apenas “saia pela tangente”, como se Deus não fosse cobrar de você aquilo que está revelando-lhe por meio do blog.
Sua análise de Provérbios 8 não condiz com o pensamento do autor de Provérbios. Realmente Ellen White aplica o texto a Cristo, mas, não em todos os detalhes. É importante você saber que o escritor de Provérbios está falando da sabedoria (v. leia todo o capítulo). Se os detalhes se aplicassem a Cristo, então pelo fato dele “nascer”, ele teria de ter tido uma mãe na eternidade.
Outro problema você encontrará em Provérbios 8 se continuar apegado a tal interpretação descontextualizada. O verso 24 diz que a Sabedoria “nasceu”. Ora, se ela nasceu realmente, então houve um momento em que Deus não era sábio na eternidade, pois, a sabedoria teria nascido depois dEle. É um disparate uma coisa dessas. É claro que o objetivo do texto não é falar do nascimento da sabedoria e nem do “nascimento de Cristo” e sim mostrar a antiguidade da sabedoria e a antiguidade de Cristo. Em forma poética e metafórica o autor diz que a sabedoria nasceu (na verdade, ela sempre existiu, pois, Deus sempre foi eternamente sábio!) para mostrar que ela acompanha a Deus desde muito tempo atrás.
Se você estudar algumas regras básicas de interpretação do texto bíblico, com certeza verá que sua afirmação de que Cristo foi “gerado” é absurda.
Você também não deveria ignorar o sentido amplo que Ellen White dá ao texto de Provérbios. Veja o que ela escreveu:
“O Soberano do Universo não estava só em Sua obra de beneficência. Tinha um companheiro - um cooperador que poderia apreciar Seus propósitos, e participar de Sua alegria ao dar felicidade aos seres criados. "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus." João 1:1 e 2. Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno Pai - um em natureza, caráter, propósito - o único ser que poderia penetrar em todos os conselhos e propósitos de Deus. "O Seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz." Isa. 9:6. Suas "saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade". Miq. 5:2.” – Patriarcas e Profetas, p. 34.
Com base nesse texto quero lhe fazer algumas perguntas para que nosso debate possa seguir de forma correta e transparente:
1) Como Jesus poderia ter tido um começo se EGW aplica João 1:1-2 a Ele dizendo que ela é Deus (com letra maiúscula)?
2) Como Jesus poderia ter sido criado se Ellen White diz que ela era um em natureza com o Pai? Se o Pai é de natureza Divina e eterna; e Cristo também, é claro que Cristo também é Deus e possui eternidade! Precisa reler esse texto sem a adição de sua crença unitariana.
Se Cristo não é eterno, como você explica Apocalipse 1:17 que afirma ser Ele “o primeiro e o último?” Destaco que é a mesma expressão usada por JAVÉ em Isaías 40:6 e que indica eternidade!
3) Como Jesus poderia ter sido criado se EGW usa Isaías 9:6 em referência a Ele, chamando-O de Deus Forte e Pai da Eternidade? Como que o “Pai da Eternidade” pode ser criado? Coloque a mão na consciência, Nunes! Se após essa declaração bíblica e de EGW você continuar descrendo na eternidade de Cristo, o que lhe restará será o juízo, pois, negar algo tão claro não tem justificativa!
Responda a essas perguntas de maneira direta, sem rodeios. Peço-lhe com carinho e respeito.

Resposta a um dissidente - Parte 3

[Continuação]

HUMANIZAÇÃO DE DEUS

Você cometeu outro grave erro: humanizar a Deus. Veja o que você escreveu:

“O Filho carrega uma carga genética do Pai que o faz semelhante ao Pai. Ele tem a natureza do Pai...”

Como isso? Por acaso Deus tem genes? Deus precisa ter uma constituição genética? Isso só pode ser brincadeira ou um descuido de sua parte. Deus é espírito (Jo 4:24) e Ele não pode ter constituição genética. Portanto, sua comparação entre Deus Pai e Deus Filho é uma aberração teológica.

E a sua humanização de Deus não parou por aqui. Veja o que mais você escreveu: “A Bíblia afirma claramente, o Pai tem um Espírito e Seu Filho tem um Espírito. Evidentemente o Pai e Seu Filho compartilham o mesmo Espírito.”

Você está me dizendo que Deus possui um Espírito assim como o ser humano possui o seu (fôlego de vida)? O que é isso Nunes? Se Deus é Espírito (Jo 4:24), como Ele pode “ter” um Espírito?

Seu erro – e de outros dissidentes – é usar características da natureza humana para compreender a natureza Divina. Não se esqueça de que somos “à imagem e semelhança de Deus” (Gn 1:26, 27) e não “iguais” a Ele.

Atos 13:2 mostra o Espírito Santo falando. Vai me dizer que Deus possui um “espírito impessoal falante”?

Se o Espírito Santo fosse um “espírito” procedente do interior de Deus, como o Espírito poderia ser chamado de outro consolador em João 14:16? Recordo que o termo “outro” – allos no grego – significa outro da mesma espécie. Ou seja: é outro ser da mesma natureza de Cristo!

“Consolador” significa um ajudador. Portanto, é outra pessoa maravilhosa que substitui o Jesus maravilhoso depois de Sua ascensão!

Postarei nesse blog muito mais coisas para refutar esta heresia diabólica que nega a existência da Terceira Pessoa da Trindade e a Eternidade de Jesus. No momento, finalizo dizendo-lhe que não pretendo de forma alguma atacar sua pessoa, que é muito preciosa aos olhos de Deus. Meu alvo são as heresias que você escreve aqui.

Será que seu problema é realmente com a doutrina da Trindade? Faça uma análise de sua vida e responda essa pergunta a você mesmo.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Ellen White acreditava na eternidade de Jesus!

Estou tendo o privilégio de ler uma das melhores biografias já escritas sobre Jesus Cristo: o livro “O Desejado de Todas as Nações”, de Ellen White (Casa Publicadora Brasileira). E, para minha alegria, tenho encontrado uma quantidade enorme de textos que provam que essa autora acreditava que Cristo era Deus Eterno, sem começo e sem fim.

Depois que ler todo o livro disponibilizarei a você uma série de textos dela sobre a Divindade de Cristo. Por enquanto, deixo-lhe uma citação que poderá utilizar para calar os dissidentes e hereges que tentam colocar nos livros de Ellen White uma crença monstruosa que ela nunca defendeu: a de que Cristo foi “criado” por Deus Pai.

Veja que texto fantástico:

“Fez-se silêncio na vasta assembléia. O nome de Deus, dado a Moisés para exprimir a idéia da presença eterna, fora reclamado como Seu pelo Rabi da Galiléia. Declarara-Se Aquele que tem existência própria, Aquele que fora prometido a Israel, ‘cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade’. Miq. 5:2.” – p.p. 469, 470.

Será que foi por acaso que a Sra. White usou o texto de João 8:57-59 para falar da eternidade de Cristo? Não estaria essa citação em harmonia com o que ela escreveu na página 530, quando afirmou que “Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada”? Medite nisso com carinho.

Envie esse texto aos sites e e-mails dos dissidentes. Se eles ainda estiverem com o coração aberto ao Espírito Santo ouvirão a Sua voz e abandonarão as heresias que ensinam.

Antes de mandar para eles, ore, pois, o diabo não quer que eles voltem atrás e passem a crer na Plena e Absoluta Divindade de Cristo. O conflito entre o bem e o mal é real e precisamos orar uns pelos outros.

Podemos orar ao Espírito Santo?

Cada Pessoa da Divindade tem uma função específica no plano de salvação (e na criação). E, no atender as orações, também.

O Pai atende nossas orações (Mt 7:7-11). Jesus também atua nesse sentido, pois é nosso intercessor, a garantia de que seremos atendidos (Jo 14:13; 1Tm  2:5) e o Espírito Santo é Quem nos ajuda a orar corretamente (Rm 8:26).

Somente Três Pessoas Divinas poderiam estar envolvidas intimamente em algo tão importante quanto a oração. Só Deus conhece os pensamentos (1 Reis 8:39), ao ponto de poder “ouvir” o que está em nossa mente. Sendo que o Espírito Santo é Deus (At 5:3, 4), Ele sabe nossos pensamentos e também está intimamente envolvido no processo de oração.

Mesmo que seja costume orar ao Pai em nome do Filho, isso não significa que dirigir uma prece a um dos membros da Divindade (inclusive ao Espírito Santo) seja errado. Vou apresentar alguns motivos:

1) O fato de cada membro da Trindade ter a Sua função não torna um mais importante do que o outro, ou, “menos Deus” do que o outro. Sendo que essencialmente não há diferença entre as Três Pessoas do “Trio Celestial” (expressão usada pela escritora Ellen G. White), não seria idolatria orar a Jesus ou ao Espírito Santo. Jesus até orientou-nos a orarmos também diretamente a Ele: Se me pedirdes alguma coisa em meu nome, eu o farei”. João 14:14 (grifo meu). Vemos na Bíblia servos de Deus orando diretamente a Jesus: Estêvão (At 7:59); Paulo (1Co 16:22) e João (Ap 22:20).

2) A função que cada membro da Divindade possui no plano de salvação (e na criação) não os torna limitados de modo que um não possa fazer o que o outro faz. Exemplo disso podemos ler nas palavras de Cristo em João 5:21: “Pois assim como o Pai ressuscita e vivifica os mortos, assim também o Filho vivifica aqueles a quem quer”. João 5:21*.

3) Judas 1:20 e 21 coloca o Espírito Santo numa posição privilegiada em relação a Deus Pai e a Deus Filho no que diz respeito à oração. Afirma que devemos orar no Espírito Santo: “Edifiquem-se, porém, amados, na santíssima fé que vocês têm, orando no Espírito Santo. Mantenham-se no amor de Deus, enquanto esperam que a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo os leve para a vida eterna”. O fato de o Espírito ser mencionado primeiro e estar intimamente ligado à oração do crente sugere a autoridade do Espírito também neste assunto.

4) Somos atendidos quando oramos ao Espírito Santo. Se fosse errado pedir algo diretamente ao Espírito, Deus não nos atenderia de forma tão eficaz, pois do contrário, estaria nos incentivando ao erro. Certa vez fiz uma oração ao Espírito Santo, uma das mais importantes da minha vida (pelas lições que me ensinou) e fui atendido em aproximadamente uma semana. Por isso, creio que é correto orar ao Espírito.

Com base nos textos bíblicos apresentados anteriormente, concordo com a posição dos autores do livro “A Trindade – Como entender os mistérios da pessoa de Deus na Bíblia e na história do cristianismo” (Casa Publicadora Brasileira):

“O padrão normal de oração é aquela dirigida ao Pai, em nome do Filho, com o conhecimento de que os “gemidos” do Espírito transmitem nossas preces. Em ocasiões de oração pessoal e coletiva, entretanto, parece melhor orar à pessoa mais envolvida da Divindade. Por exemplo, poderia parecer mais apropriado orar diretamente ao Espírito Santo quando solicitamos dons e poder de testemunho para a igreja. Orações a Jesus poderiam incluir confissão, penitência e perdão, e o clamor para que Ele venha logo. Em suma, se as pessoas da Divindade são realmente uma em natureza, caráter e propósito, parece lógico e prático dirigir petições e louvores apropriados a qualquer componente do Trio celestial, num determinado tempo e situação” - p. 307


[*Nota: Em João 5:19, Jesus diz que o não podia fazer nada de si mesmo se o Pai não o fizesse. Devemos lembrar que o Salvador disse isso na Sua condição de encarnado. Na encarnação Jesus “esvaziou-se de Sua divindade” (Fp 2:5-8) para lutar contra o pecado contando com o poder do Pai e a ajuda do Espírito Santo. Isso era importante para que Deus pudesse provar que Adão e Eva poderiam ter vencido a tentação no Éden, sendo obedientes a Sua lei. Todavia, mesmo dependendo do Pai quando havia se tornado ser humano, Jesus nunca deixou de ser Deus no mais pleno sentido (ver Cl 2:9; Hb 1:8).]